A maior riqueza
por Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br
A ambição, a busca da afirmação do ego em um mundo competitivo, tem
contribuido para que o homem moderno, ao cultuar as aparências, se
aproxime do poder -e as suas tentações-, e se afaste cada vez mais da
simplicidade de espírito.
Quantas histórias conhecemos de pessoas que eram de origem humilde, e que, de repente, começaram a ascender social e financeiramente, passando a cargos em empresas privadas ou instituições públicas que lhes deram notoriedade e riqueza material, mas que tiraram-lhes a naturalidade das pessoas simples e honestas.
No entanto, nem todas as pessoas que construíram uma imagem pública, deixaram-se seduzir pelos "tentáculos" do poder. Nem todas se permitiram arrastar pelos porões da anti-ética e da imoralidade a troco de vantagens que satisfizeram os seus egos.
Uma dessas pessoas foi Francisco Cândido Xavier, o nosso "Chico Xavier", médium brasileiro conhecido no mundo inteiro e cuja obra, estimada em centenas de livros e milhares de textos e mensagens psicografadas, revela o homem que jamais deixou de ser o "Chico" para familiares, amigos e pessoas que o procuravam na tentativa de amenizar os seus sofrimentos psíquicos.
"Não sou autor de nenhuma obra. Sou apenas o intermediário do plano espiritual. Escrevo no papel o que eles me passam", costumava afirmar o médium que tinha como mentor espiritual o inseparável Emmanuel.
Mesmo com todo o assédio da imprensa nacional e internacional, e ainda o assédio do público que o procurava nas sessões espíritas de Uberaba, Chico, centrado e focado na importância de sua missão como intermediário do plano espiritual, atendia a todos com carinho e simplicidade, sem nunca ter cobrado por nada que representasse a sua obra escrita e falada.
Chico Xavier foi um exemplo de simplicidade encarnada a serviço do bem e da humanidade. De simples caixeiro em Pedro Leopoldo, sua cidade natal em Minas gerais, em poucos anos passou à personalidade do âmbito religioso que mais projetou o Brasil -e o espiritismo- no exterior. Mas nem por isso, Chico abriu mão de ser original, simples, atencioso e carinhoso com todos aqueles que o procuravam.
Ciente de sua missão e da importância que ela significava para a humanidade, sabia de sua transitoriedade por esse mundo de "provas e expiações", que se encaminha para um mundo de "regeneração espiritual" a partir do terceiro milênio.
A lição de Chico nos ensina que a maior riqueza não é estar associado ao poder que seduz, e sim, ao poder que transcende a matéria e que encontra-se internalizado em cada um de nós, embora não percebamos como ele percebeu desde muito cedo, quando ainda era uma criança.
Nesse sentido, a onda de corrupção que assola o país é proveniente de mentes desconectadas de um outro "poder", o de transcender a valores mundanos através da prática do bem sem interesses ou segundas intenções. Poder que não passa pela linguagem de corruptos e corruptores, que é a de "levar vantagem em tudo", onde cargos servem apenas como trampolim para saltos mais altos de um ego contaminado pela ambição sem limites e sem escrúpulos.
Precisamos compreender que na vida de cada indivíduo toda escolha tem o seu preço, pois não passamos despercebidos pelas leis naturais que regem a vida inteligente no universo. Toda obra que construímos, seja ela sólida, consistente ou baseada em uma estrutura débil e falsa, é avaliada pelos "arquitetos da vida" em nome do Grande Criador de todas as coisas.
Portanto, a maior riqueza é a verdade interior que carregamos conosco em todas as vivências do espírito imortal. Verdade que independente de nossa vontade, nos é revelada quando finda mais uma fase do ciclo da vida. Revelada para que possamos avaliar o que foi e o que deixou de ser construído em prol do bem comum e do amor incondicional.
Transparência que Chico Xavier carregou consigo, a partir do momento que encerrou-se mais um capítulo de sua longa história. E, quem sabe, o último de sua jornada terrena!
A obra de Francisco Cândido Xavier deixa-nos uma mensagem: engrandecer é enriquecer-se de valores que não estão associados ao poder dos homens, mas ao poder que encontra-se íntimamente associado à simplicidade de espírito.
Texto revisado
Quantas histórias conhecemos de pessoas que eram de origem humilde, e que, de repente, começaram a ascender social e financeiramente, passando a cargos em empresas privadas ou instituições públicas que lhes deram notoriedade e riqueza material, mas que tiraram-lhes a naturalidade das pessoas simples e honestas.
No entanto, nem todas as pessoas que construíram uma imagem pública, deixaram-se seduzir pelos "tentáculos" do poder. Nem todas se permitiram arrastar pelos porões da anti-ética e da imoralidade a troco de vantagens que satisfizeram os seus egos.
Uma dessas pessoas foi Francisco Cândido Xavier, o nosso "Chico Xavier", médium brasileiro conhecido no mundo inteiro e cuja obra, estimada em centenas de livros e milhares de textos e mensagens psicografadas, revela o homem que jamais deixou de ser o "Chico" para familiares, amigos e pessoas que o procuravam na tentativa de amenizar os seus sofrimentos psíquicos.
"Não sou autor de nenhuma obra. Sou apenas o intermediário do plano espiritual. Escrevo no papel o que eles me passam", costumava afirmar o médium que tinha como mentor espiritual o inseparável Emmanuel.
Mesmo com todo o assédio da imprensa nacional e internacional, e ainda o assédio do público que o procurava nas sessões espíritas de Uberaba, Chico, centrado e focado na importância de sua missão como intermediário do plano espiritual, atendia a todos com carinho e simplicidade, sem nunca ter cobrado por nada que representasse a sua obra escrita e falada.
Chico Xavier foi um exemplo de simplicidade encarnada a serviço do bem e da humanidade. De simples caixeiro em Pedro Leopoldo, sua cidade natal em Minas gerais, em poucos anos passou à personalidade do âmbito religioso que mais projetou o Brasil -e o espiritismo- no exterior. Mas nem por isso, Chico abriu mão de ser original, simples, atencioso e carinhoso com todos aqueles que o procuravam.
Ciente de sua missão e da importância que ela significava para a humanidade, sabia de sua transitoriedade por esse mundo de "provas e expiações", que se encaminha para um mundo de "regeneração espiritual" a partir do terceiro milênio.
A lição de Chico nos ensina que a maior riqueza não é estar associado ao poder que seduz, e sim, ao poder que transcende a matéria e que encontra-se internalizado em cada um de nós, embora não percebamos como ele percebeu desde muito cedo, quando ainda era uma criança.
Nesse sentido, a onda de corrupção que assola o país é proveniente de mentes desconectadas de um outro "poder", o de transcender a valores mundanos através da prática do bem sem interesses ou segundas intenções. Poder que não passa pela linguagem de corruptos e corruptores, que é a de "levar vantagem em tudo", onde cargos servem apenas como trampolim para saltos mais altos de um ego contaminado pela ambição sem limites e sem escrúpulos.
Precisamos compreender que na vida de cada indivíduo toda escolha tem o seu preço, pois não passamos despercebidos pelas leis naturais que regem a vida inteligente no universo. Toda obra que construímos, seja ela sólida, consistente ou baseada em uma estrutura débil e falsa, é avaliada pelos "arquitetos da vida" em nome do Grande Criador de todas as coisas.
Portanto, a maior riqueza é a verdade interior que carregamos conosco em todas as vivências do espírito imortal. Verdade que independente de nossa vontade, nos é revelada quando finda mais uma fase do ciclo da vida. Revelada para que possamos avaliar o que foi e o que deixou de ser construído em prol do bem comum e do amor incondicional.
Transparência que Chico Xavier carregou consigo, a partir do momento que encerrou-se mais um capítulo de sua longa história. E, quem sabe, o último de sua jornada terrena!
A obra de Francisco Cândido Xavier deixa-nos uma mensagem: engrandecer é enriquecer-se de valores que não estão associados ao poder dos homens, mas ao poder que encontra-se íntimamente associado à simplicidade de espírito.
Texto revisado
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